terça-feira, 8 de junho de 2010

BOTÂNICA E HISTÓRIA IV

Para Antônio Moniz de Souza era possível praticar a agricultura e cultivar a terra sem recorrer aos incêndios das florestas. Era possível produzir o mel e a cera e extraí-lo racionalmente, sem agredir as abelhas.
O governo do Estado de Sergipe demonstraria uma preocupação maior com a pesquisa botânica nas primeiras décadas do século XX. Em 1915 foi criada a Inspetoria de Água, Esgotos e Horto Botânico. Na década de 30, a Botânica era ensinada como disciplina do ensino secundário em instituições escolares como o Atheneu Pedro II. Naquele período, o professor Oscar Nascimento era catedrático de Botânica e Zoologia.
Em 1945, após a criação do Posto de Defesa Agrícola, em Aracaju, o agrônomo sergipano Emmanuel Franco que em São Luiz, no Estado do Maranhão, foi transferido para cá e assumiu a sua direção. No período em que viveu no norte do Brasil e nas viagens que realizou entre aquele Estado e a Bahia, Emmanuel Franco fez as observações, estudos e anotações que o possibilitaram publicar o livro Estudo de ecologia vegetal e reflorestamento (FRANCO, 2005: 41).
É do mesmo autor a Biogeografia do Estado de Sergipe, na qual estão relacionadas e classificadas importantes espécies existentes na região do semi-árido sergipano, como o mandacaru, o umbuzeiro, a quixabeira, a caraibeira, a braúna, o facheiro e o angico, dentre outras.


O Mandacaru é uma planta que vive mais de cinqüenta anos, e serve de alimento para o gado bovino, ovino e caprino, fornecendo água e alimento por ser uma planta carnosa. O facheiro tem uma parte carnosa e outra lenhosa. A parte fibrosa serve para fazer ripas para o telhado das casas. Multipicam-se por sementes contidas no fruto e por estacas. Semeadas no solo, são origem a um aglomerado de plantas, embelezando a propriedade e constituindo uma reserva de água e de alimentos durante muitos anos (FRANCO, 2005: 157).


No ano 2000, o Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Sergipe implantou o curso de graduação em Engenharia Florestal.

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