terça-feira, 15 de junho de 2010

ENGENHARIA E HISTÓRIA EM SERGIPE - III

O engenheiro mecânico Karl Albert Gustav Munck chegou a Laranjeiras em 1907, aos 26 anos de idade, com o objetivo de trabalhar na montagem de máquinas e modernização dos engenhos de cana de açúcar. Voltou à Alemanha quatro anos depois, por poucos dias, para casar com Ana Hodewig Julia Roessung. Fixado definitivamente em Sergipe, com sua esposa, em 1918 criou uma companhia elétrica e firmou um contrato para instalar e manter a iluminação elétrica pública das casas e das ruas laranjeirenses, movida por motor Deutz a gasogênio que importara da Alemanha. Conhecia bem o município e a sua sede, tendo àquela altura já montado as máquinas de mais de 40 usinas açucareiras. Na sua oficina mecânica trabalhavam mais de 150 operários, e dentre as inovações da modernidade que introduzira em Sergipe, se incluía a fabricação de gelo. Representante da empresa alemã Maschinenfabrik Sangar Hausen, especializada na fabricação de equipamentos para engenhos e usinas de açúcar, trouxe do seu país dois outros mecânicos: Adolph Bergeher e Hans Schudler, que o auxiliavam no trabalho de montagem dos equipamentos.
A Engenharia Mecânica sergipana também encontrou um grande estímulo ao seu desenvolvimento no setor têxtil. Em abril de 1884 começou a funcionar, em Aracaju, a fábrica Sergipe Industrial, e no ano de 1896, em Estância, foi inaugurada a Companhia Industrial de Estância, segunda fábrica têxtil do Estado, movida a energia hidráulica. Entre 1906 e 1914 apareceram mais seis novas fábricas têxteis: a Souza Sobrinho & Companhia, em Estância; a Peixoto Gonçalves e a Antunes & Companhia, em Vila Nova; uma em Própria; a Empresa Industrial São Cristóvão, em São Cristóvão; e, a Fábrica de Fiação e Tecelagem de Algodão Sergipe Fabril, em Maruim. Em 1926 foram inauguradas mais duas fábricas (SANTANA, 1997: 149).

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