domingo, 15 de agosto de 2010

SOBRE A HISTÓRIA DA QUÍMICA EM SERGIPE - VI

Além de soros e vacinas, o IPH produzia óleo canforado, cafeína, sparteína, iodeto de sódio a 10 por cento, tártaro emético, água bidestilada, cianeto de mercúrio, soro fisiológico e soro glicosado.
As preocupações com a atividade científica no campo da Farmácia faziam com que nas primeiras décadas do século XX houvesse uma verdadeira cruzada de combate ao charlatanismo nessa área. Para alterar esse quadro, o presidente Maurício Graccho Cardoso criou, em dezembro de 1925, a Faculdade de Odontologia e Farmácia de Sergipe Aníbal Freire. O Regulamento da instituição foi aprovado em fevereiro de 1926 e no mesmo de abril foram iniciadas as aulas. A matrícula inicial nos dois cursos era de 22 alunos. Segundo o presidente de Sergipe, no discurso que proferiu durante a aula inaugural, era necessário livrar o Estado dos práticos de Farmácia e Odontologia existentes, fazendo com que todos os que exercem essas atividades tivessem oportunidade de incorporar os saberes da Química, da Fisiologia, da Patologia Geral e da Higiene (SANTANA, 1997: 190).
Dirigida por Augusto Leite, a Faculdade tinha nos seu corpo docente os seguintes profissionais: Josaphat Brandão, Oscar Nascimento, Archimedes Guimarães, Antônio Tavares de Bragança, Ranulfo Prata, Lauro Hora, Américo de Miranda Ludolf e João Firpo Filho.
A Faculdade deveria utilizar para o seu funcionamento a estrutura já existente no Instituto Parreira Horta, no Instituto de Química Arthur Bernardes e no Hospital de Cirurgia. Porém, a instituição funcionou apenas durante o ano de 1926, encerrando suas atividades em novembro daquele mesmo ano.

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