domingo, 11 de outubro de 2009

NOTAS PARA UM ESTUDO SOBRE A IMIGRAÇÃO ALEMÃ EM SERGIPE IV

AS PRECEPTORAS


Samuel Barros de Medeiros Albuquerque vem pesquisando de modo sistemático a presença das preceptoras alemãs em Sergipe. Num artigo que publicou em 2003, desvelou o trabalho de Marie Lassius (ALBUQUERQUE, 2003, 67). As preceptoras eram “provenientes, em sua maioria, da decadente aristocracia européia (...) e tinham a incumbência de ilustrar os jovens das ricas famílias, preparando-os para cumprir o seu papel social” (ALBUQUERQUE, 2003, 68-69).
Marie Lassius chegou a Sergipe em 1861, solteira e protestante, como preceptora da família de Antônio Dias Coelho e Melo, o Barão de Estância. Após a sua chegada, Marie Lassiu assumiu as responsabilidades pela educação dos dois filhos mais velhos do patriarca contratante, Amélia e Pedro. Em 1867, concluída esta primeira tarefa, ela foi autorizada a prestar serviços para a família de Maria do Faro Rollemberg, D. Maria do Engenho Topo, onde ficou responsável pela formação das três filhas dessa matriarca: Clara, Luiza e Maria. Depois disso, ela retornou ao Engenho Escurial, de propriedade do Barão de Estância, para assumir a educação das suas duas filhas mais jovens, Aurélia e Anita, além de Serarfim e Izabel, primos órfãos das meninas. A preceptora era responsável pelo ensino de francês, piano e boas maneiras. Uma outra preceptora alemã que vem freqüentando os estudos do pesquisador Samuel Albuquerque é Juliana Elisabete Roddewig, conhecida como Else Hagenbeck, que na metade da década de 10 do século XX foi viver na cidade de Laranjeiras, como responsável pela educação dos filhos da família Munck, e terminou casando com o agrônomo alemão Paul Hagenbeck.

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