terça-feira, 13 de outubro de 2009

NOTAS PARA UM ESTUDO SOBRE A IMIGRAÇÃO ALEMÃ EM SERGIPE VI

A FAMÍLIA MUNCK


O engenheiro mecânico Karl Albert Gustav Munck chegou a Laranjeiras em 1907, aos 26 anos de idade, com o objetivo de trabalhar na montagem de máquinas dos engenhos de cana de açúcar. Voltou à Alemanha quatro anos depois, por poucos dias, para casar com Ana Hodewig Julia Roessung. Fixado definitivamente em Sergipe, com sua esposa, em 1918 criou uma companhia elétrica e firmou um contrato para instalar e manter a iluminação elétrica pública das casas e das ruas laranjeirenses, movida por motor Deutz a gasogênio que importara da Alemanha. Conhecia bem o município e a sua sede, tendo àquela altura já montado as máquinas de mais de 40 usinas açucareiras. Na sua oficina mecânica trabalhavam mais de 150 operários, e dentre as inovações da modernidade que introduzira em Sergipe, se incluía a fabricação de gelo. Representante da empresa alemã Maschinenfabrik Sangar Hausen, especializada na fabricação de equipamentos para engenhos e usinas de açúcar, trouxe do seu país dois outros mecânicos: Adolph Bergeher e Hans Schudler, que o auxiliavam no trabalho de montagem dos equipamentos. Quando voltou casado da Alemanha, em 1911, encontrou a cidade de Laranjeiras assolada pela epidemia de varíola, o que obrigou o casal Munck a permanecer por mais de um mês em Aracaju, como hóspedes da família Löeser. Em 1936 o casal mudou-se para a capital, encerrando seus negócios em Laranjeiras. Diabético, Albert Munck morreu em 1941. Sua mulher continuou vivendo na capital do Estado de Sergipe até 1976. No sítio de propriedade da família, em Laranjeiras, continua vivendo a sua filha Gisela Munck (RODDEWIG, 2001).

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