sábado, 26 de setembro de 2009

O PRETÉRITO DO FUTURO: A ESCOLA E O RETROVISOR DAS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS V

Utilizada desde o século XVIII como meio adequado à superação das desigualdades e deficiências educacionais, a Educação à Distância cada vez mais conquista o status de alternativa ao ensino presencial regular, seja na Educação Básica ou no ensino superior de graduação e pós-graduação.
Os especialistas em História da Educação à Distância afirmam que é possível periodizar a sua trajetória em três períodos: o do ensino por correspondência, o da teleducação e o dos ambientes interativos. Mas, em qualquer um deles estamos diante da velha e boa tecnologia da Educação à Distância, não obstante o deslumbramento e a desinformação crer que acabamos de descobrir a roda.
O primeiro período diz respeito ao uso intensivo dos serviços postais para a oferta do ensino à distância, a partir da primeira experiência ocorrida no século XVIII.
O segundo período começa no início do século XX com o emprego dos programas radiofônicos e os recursos que se seguiram na mesma direção: TV e fitas de vídeo.
O terceiro período carrega a marca de haver dispensado a necessidade de fixar um horário determinado para as atividades escolares remotas. A comunicação dos alunos acontece em tempos distintos, posto que as informações estão armazenadas e a interatividade pode acontecer no momento que for mais adequado ao usuário. Tudo é comandado a partir da rede WEB: teleconferências, chats, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, diversos ambientes virtuais orientando a interação entre alunos e docentes, agora tutores.
O tom de novidade que a Educação à Distância possui no Brasil não indica que a modalidade demorou a chegar por aqui, mas na verdade revela um forte preconceito de determinados setores da elite brasileira para com a EAD. Preconceito e deslumbramento são faces opostas de uma mesma moeda que pouco contribui para qualificar o ensino à distância. Certamente como tecnologia educacional, ainda vamos aprender muito com a EAD, desde que sejamos capazes de nos relacionar com ela sempre como uma prática educacional e nunca atribuindo-lhe o miraculoso tom da última descoberta capaz de resolver todos os problemas.

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