segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O PRETÉRITO DO FUTURO: A ESCOLA E O RETROVISOR DAS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

A discussão que atualmente ocupa boa parte da pauta dos debates educacionais em torno das tecnologias educacionais e da Educação à distância é muito difícil àqueles que não estão dispostos a assumir diante dela uma postura de deslumbramento que é cobrada pelos mais entusiasmados animadores desse tipo de discussão. Tudo é colocado como se fora um eterno déjà vu no qual se crê estar diante da invenção da roda, sem buscar os antecedentes desse fenômeno. Tudo se coloca afirmando haver finalmente chegado o futuro das práticas educacionais. Todavia, uma verificação no retrovisor das práticas escolares demonstra facilmente que, de fato, este é uma espécie de futuro do pretérito já vivido, já conhecido, sob outras condições, com outras ferramentas. O que em nada reduz a importância do fenômeno que vivemos agora, mas apenas o recoloca e o revaloriza.
Evidente que fenômenos como tecnologias educacionais e Educação à distância são inexoráveis, inerentes às mudanças da vida social. Refletir criticamente sobre eles não significa recusá-los, rejeitá-los. Mas, apenas lembrar que a reflexão crítica é própria do fazer acadêmico e responsabilidade de todos que têm compromisso com a produção do conhecimento. O deslumbramento diante de determinados fenômenos é uma postura absolutamente imprópria, que em nada contribui para aprimorar os saberes sobre o tema.

Um comentário:

  1. Caríssimo Jorge.
    Adorei o texto. Sugiro, todavia, que as letras do post sejam brancas ou troque a cor de fundo, pois para quem já passou dos 40, fica difícil ler.

    ResponderExcluir