quinta-feira, 8 de julho de 2010

INTERNATIONAL STANDING CONFERENCE FOR THE HISTORY OF EDUCATION (ISCHE 33)

CONVOCATORIA

26 a 29 de Julho de 2011, San Luis Potosí, Mexico
ESTADO, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE UM VELHO DEBATE
A comemoração do Bicentenário dos movimentos de Independência de América Latina, e mais
amplamente do Mundo Atlântico, emolduram o tema do ISCHE 33. As realidades e os debates
latino-americanos questionam a imagem de Nações como "Comunidades Imaginárias" e de
Estados dedicados a forjar uma pátria de cidadãos. Durante mais de dois séculos de sublevações
políticas, guerras civis e movimentos revolucionários, diversos grupos tanto políticos como civis
recuperaram tradições culturais que antecediam à Independência e geraram novas ações e
movimentos culturais que conformaram o legado educativo da região.
A história da educação tem questionado certezas arraigadas, incluindo o peso outorgado o
Estado como portador único do poder, capaz de prover e vigiar a educação nacional.
Os estudos mostram que os sistemas educativos, longe de garantir uma educação uniforme, têm
organizado a diversidade, reproduzido a desigualdade, ao canalizar capital econômico e
simbólico através de diferentes instituições, separando categorias de classe, região, gênero,
religião, etnicidade, raça, geração e habilidade. As perspectivas recentes também têm reescrito
a história oficial para incorporar aos múltiplos movimentos culturais que têm reforçado ou
desafiado os projetos hegemônicos. Identificam uma gama de atores - corporações civis,
religiosas e econômicas, famílias, comunidades e partidos - que coincidiram ou se confrontaram
em torno da construção social da educação. Novos estudos destacam as tensões entre
organismos nacionais e internacionais que canalizaram recursos e modelos em um sistema de
intercâmbio desigual e de apropriações não previstas.
Como resultado, é possível conceber as instituições educativas como nós dentro de redes
dinâmicas imersas em relações desiguais de poder, que se transformam através de processos de
imposição, intercâmbio, negociação resistência entre múltiplos atores. Através destas redes se
mobilizam e combinam teorias, métodos e tecnologias pedagógicas para regular e racionalizar
os processos educativos, mas também para configurar novas formas de organização e liberação
social. Esta perspectiva permite-nos compreender de forma mais equilibrada a distribuição de
conhecimento e poder entre os governantes e os governados.

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